quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Agir e Pensar: Tricotilomania - mania de arrancar cabelos

Especialistas pedem atenção a portadores de mania de arrancar cabelos

Instituto britânico diz que médicos resistem em reconhecer gravidade de distúrbio, conhecido como tricotilomania.

Da BBC
Paciente com tricotilomania.
Paciente com tricotilomania. (Foto: BBC)

Especialistas britânicos defendem que os serviços públicos de saúde deveriam oferecer mais ajuda para pessoas que sofrem de tricotilomania - o impulso incontrolável de arrancar fios de cabelo e pelos.
Caracterizada como um distúrbio no controle de impulsos - como, por exemplo, a cleptomania e o vício em jogatinas - o problema afeta 1% da população britânica. Muitos dos pacientes de tricotilomania não se dão conta de que estão arrancando os cabelos. A mania deixa muitos com grandes falhas no seu cabelo.
Acredita-se que entre suas causas estejam ansiedade, depressão e estresse.
Para o Instituto Britânico de Tricologistas - especialistas que lidam com problemas no couro cabeludo - as pessoas que sofrem do distúrbio não estão recebendo a atenção devida.
Os especialistas dizem que estas pessoas precisam de ajuda psicológica mais rápida e acessível, como terapia cognitiva e e comportamental.

Rede protege cabelo de paciente.
Rede protege cabelo de paciente. (Foto: BBC)

Marilyn Sherlock, presidente do instituto, disse à BBC que a reação mais comum dos médicos aos casos de tricotilomania é 'pare, simples. apenas não faça mais isso'. 'Geralmente, os problemas com cabelo não ameaçam a vida (do paciente)', disse. 'Por esta razão, eles (os médicos) tendem a não tratar com tanta seriedade. (Mas) é um problema bem mais grave, pois é tão visível.'

Um caso típico é o de Emily, de 19 anos, que começou a apresentar os sintomas do problema aos nove anos de idade. 'Meu rendimento escolar caiu e os professores começaram a notar meu comportamento. Eles chamaram minha mãe e contaram que eu andava arrancando meus cabelos', afirmou.
A jovem foi colocada em uma lista de espera e, depois, encaminhada a um psicólogo. No entanto, ela afirmou que seu problema não foi totalmente compreendido.

Emily ficou em uma lista de espera para conseguir tratamento.
Emily ficou em uma lista de espera para conseguir tratamento. (Foto: BBC)

'Quando eu estava crescendo foi muito difícil, pois meus amigos, ok, eles tinham as questões deles, mas o cabelo deles sempre estava bom', afirmou.
'Em um certo momento (meu cabelo) estava tão desigual, que minha mãe tinha que colocar fitas e amarrar. Eu tinha que colocar presilhas em todos os lados da minha cabeça. Não parecia normal, mas era a única forma de disfarçar', afirmou.

Tratamento
Poucos tratamentos são financiados pelo serviço público de saúde. Segundo Marilyn Sherlock, do Instituto Britânico de Tricologistas, uma forma de começar a ajudar é descobrir sobre os hábitos das pessoas que arrancam os cabelos. 'Acontece enquanto eles assistem à TV ou quando estão lendo um livro? Podemos descobrir formas de distraí-los, para que as mãos deles fiquem ocupadas, fazendo outras coisas', disse.
Graham Archard, do Colégio Real de Clínicos Gerais, está surpreso com o fato de que as queixas dos pacientes não estão recebendo a atenção devida. O médico afirma que apenas falar para o paciente 'pare com isso' não é o bastante. 'Se um médico está falando isso para um paciente, meu conselho é encontrar outro clínico geral, encontrar alguém que realmente vá ouví-los', disse.
Lucinda Ellery, que gerencia uma rede de salões de beleza especializada em tratamentos para perda de cabelos, atende centenas de meninas todos os anos. Ela afirma que a maioria das meninas que atende gastam milhares de libras nos tratamento.

FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/11/especialistas-pedem-mais-atencao-para-portadores-de-mania-de-arrancar-cabelos.html

domingo, 7 de novembro de 2010

Agir e Pensar: In Treatment - 3a Temporada

por Pedro Quaresma Cardoso

Confira a notícia da Folha de hoje sobre a excelente série In Treatment. Vale a pena conferir.

"In Treatment" volta com novos pacientes
DE SÃO PAULO

Enquanto na TV aberta, o segredo de Gerson, da novela "Passione", mantém o público com os olhos grudados no divã do doutor Flávio Gikovate, nos canais pagos as atenções estão voltadas para outros pacientes.
A série "In Treatment" (Em tratamento), que estreou sua terceira temporada há duas semanas nos EUA, tem o desafio de caminhar com as próprias pernas.



Aclamado pela crítica e vencedor de prêmios como o Emmy e o Globo de Ouro, o seriado teve os roteiros das duas primeiras temporadas adaptados de um sucesso da televisão israelense. O original, contudo, teve apenas duas temporadas.
Na novo ano, três novos pacientes do doutor Paul Weston (Gabriel Byrne) são apresentados.
São eles: Sunil, um viúvo indiano que é forçado a morar com o filho e com a nora; Frances, atriz que caiu no ostracismo, conseguiu ser escalada para uma peça, mas vive esquecendo suas falas; e Jesse, um adolescente gay que recebe uma ligação de sua mãe biológica.

Paul também tem novidades na própria terapia. Acostumado com a doutora Gina (Dianne Wiest), que o acompanhou durante anos, ele passa a se consultar com a doutora Adele (Amy Ryan).
Assim como nas temporadas anteriores, a série mostra uma consulta por episódio. A ação quase não sai do consultório. A ideia de exibir um paciente por semana, no entanto, foi abandonada.
No Brasil, a nova temporada estará na programação da HBO em 2011, mas ainda não tem data para ir ao ar.
(VM)