domingo, 18 de setembro de 2011

Ter vida saudável, buscar apoio e saber causa ajudam a conter estresse

11/08/2011 10h42 - Atualizado em 11/08/2011 14h51

Do G1, em São Paulo
Seja em casa, no trabalho ou no trânsito, o estresse atinge quase toda a população. No Brasil, 30% dos trabalhadores sofrem um nível de desgaste extremo, que pode provocar um colapso nervoso. Faça o teste e veja se você se encaixa nesse perfil.
Mas existe jeito de mudar, e o Bem Estar desta quinta-feira (11) deu cinco dicas infalíveis para você aliviar o estresse e viver melhor. São elas: identificar a principal causa do problema, buscar o controle da situação, manter hábitos saudáveis, fazer o que lhe dá prazer e procurar o apoio de pessoas próximas.
Quem participou do programa desta quinta-feira (11) foi a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente no Brasil da International Stress Management Association (Isma), que trabalha com pesquisa, prevenção e tratamento desse conjunto de sintomas. Ao lado dela, o preparador físico José Rubens D'Elia ensinou uma série de exercícios para respirar bem e relaxar.
É importante refletir sobre os compromissos e responsabilidades do dia a dia, além de ficar atento em relação às dívidas. Segundo Ana Maria, também é fundamental cuidar com as palavras e, principalmente, com os pensamentos negativos.
A repórter Marina Araújo foi até Fortaleza conhecer um espaço antiestresse criado para os moradores do Pirambu, uma das maiores favelas da América Latina.
O estresse também tem um lado bom e a sua importância, pois nos leva a agir e apronta para a luta. Mas, em excesso, pode desencadear várias doenças, porque afeta o sistema imune. Nessas situações, as pessoas tendem a pegar gripes e infecções respiratórias com muito mais frequência.
A pele é rapidamente prejudicada pelo sistema de defesa, por sua conexão com o sistema nervoso e por ser altamente sensível às emoções. Uma reação são erupções cutâneas motivadas por vírus, como verrugas ou herpes. Da mesma forma, acnes e aftas são exacerbadas pelo estresse.
A infertilidade é uma consequência mais incomum, mas pesquisas têm evidenciado que um alto nível de tensão contribui para esse distúrbio, causando ovulação irregular, mudanças hormonais e redução na produção de esperma.
Sinais de desgaste também podem provocar doenças cardíacas, problemas no sono, obesidade, depressão, problemas de memória e digestivos.
Ana Maria explicou que o "burn out" é um colapso que leva à exaustão física e mental, acarretando problemas emocionais e de relacionamento na vida pessoal e profissional. O indivíduo se sente, literalmente, sem saída.
Dicas de relaxamento
Tire apenas 5 minutos por dia para relaxar o corpo. Tenha a certeza de que ninguém vai interrompê-lo: se precisar, desligue o celular. Sente-se em uma posição correta, inspire e expire de forma lenta e profunda. Solte e abane os braços e ombros. Deixe o maxilar descansar. Por fim, solte os pés e tente relaxar as pernas.
Faça uma respiração em 3 tempos: coloque uma mão abaixo do umbigo e outra em cima do estômago. Preste atenção e mande o ar para a parte baixa da barriga. Dá para sentir com a mão que está abaixo do umbigo. Em seguida, mande o ar mais para cima e sinta na mão que ficou acima do estômago. Depois, tente mandar o ar bem mais alto, em direção ao peito.
Estudo americano
Um trabalho feito recentemente pela Universidade de Nova York demonstra que os eventos positivos do cotidiano, como o reconhecimento pelo desempenho profissional ou um convite para jantar, estimulam a produção das células imunológicas. E esse efeito dura 48 horas.
Por outro lado, situações negativas, como ser criticado ou não ser incluído em uma atividade da qual gostaria de participar, suprimem as células imunológicas, mas por apenas 24 horas. Isso indica que o impacto positivo da felicidade no sistema imune é mais poderoso que o negativo. Além disso, pesquisas posteriores indicam que a redução de experiências positivas torna a pessoa mais vulnerável a ficar doente do que um aumento no número de ocasiões negativas.
FONTE: www.G1.com