quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Por que quando estamos estressados comemos tantas guloseimas e besteiras?

VEJA ORIGINAL NO WWW.VIRGULA.COM.BR DA COLEGA E AMIGA EDUCADORA FÍSICA PAOLA MACHADO.

O estresse aumenta o consumo de “Comfort Foods”

Por que quando estamos estressados comemos tantas guloseimas e besteiras?

Reprodução
De acordo com os pesquisadores e pós-graduandos Wederley Januário, nutricionista, e Daniela Ortolani, fisioterapeuta, do Laboratório de Biologia do Estresse da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP):
“A compreensão dos mecanismos relacionados ao estresse ocupa a atenção de cientistas e clínicos desde a definição do termo feita pelo endocrinologista Hans Selye, em 1936.
Acredita-se que pelo menos um terço das doenças que levam as pessoas a procurarem atendimento médico sejam relacionadas ao estresse.
As condições atuais de vida no mundo Ocidental representam um dos principais causadores de estresse em seres humanos, o chamado estresse psicossocial, causado pelo processo acelerado de urbanização e alteração de hábitos de vida.
A resposta de estresse em seres humanos e em animais inclui a ativação de sistemas neurais e endócrinos que são responsáveis por liberar os hormônios do estresse, catecolaminas e glicocorticóides, respectivamente. A interrelação entre estes dois sistemas é de grande importância fisiológica. Em geral, os hormônios glicocorticóides induzem a melhora ou a regulação dos processos mediados pelas catecolaminas.
O estado emocional afeta o comportamento alimentar e diferentes alimentos influenciam as respostas de estresse, numa complexa via de regulação e equilíbrio.
Em experimentos utilizando animais, vários pesquisadores demonstraram que a exposição por um longo período de tempo a agentes estressores pode alterar o consumo de alimento e o peso corporal. Estudos realizados em humanos demonstraram que as experiências emocionais podem levar ao aumento de ingestão de alimentos, em especial alimentos doces e ricos em gorduras, conhecidos como “comfort foods” (alimentos que confortam). Períodos de maior sobrecarga de trabalho associam-se a maior consumo de calorias e gorduras, principalmente em pessoas que usualmente fazem dietas hipocalóricas (baixo consumo calórico).
A variação individual da intensidade da resposta de estresse se relaciona com o grau de influência do estresse no comportamento alimentar. Cientistas propuseram que os glicocorticóides (hormônios do estresse) estimulam a ingestão de “comfort foods” e que, por sua vez, protegeriam o organismo da disfunção associada ao estresse e, consequentemente, da depressão e da ansiedade.
Apesar deste tipo de alimento reduzir comportamentos de ansiedade, podem levar à alterações metabólicas, como por exemplo, aumento da glicemia e dos triglicérides e também contribuir para o aumento de peso.”

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Contatos:
Daniela Ortolani, fisioterapeuta (UNICAMP) – danielaortalani@gmail.com
Wederley Januário, nutricionista (UNIFESP) – derleyjanuario@hotmail.com
FONTE: http://kilorias.virgula.uol.com.br/2011/11/o-estresse-aumenta-o-consumo-de-“comfort-foods”/#.TrqCF8x38W4.facebook

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